A chegada da inteligência artificial (IA) trouxe questionamentos sobre seu impacto no conhecimento humano. Enquanto uns temem que a IA possa nos tornar dependentes e menos críticos, outros veem nela uma ferramenta poderosa para expandir a produtividade e o conhecimento. A diferença entre esses dois grupos está, essencialmente, no uso que fazem da tecnologia. Aqueles que usam a IA apenas como um suporte para realizar tarefas de rotina podem se tornar dependentes, sem desenvolver o raciocínio crítico necessário para avaliar e entender o que está por trás das respostas geradas. Esse grupo, ao delegar quase tudo para a IA, corre o risco de não explorar a fundo as informações, ficando, muitas vezes, com uma visão superficial dos temas.
Por outro lado, há quem use a IA para potencializar sua aprendizagem e produção, aproveitando-a como um complemento para expandir o próprio conhecimento. Esse grupo entende a IA como uma ferramenta de apoio, buscando usá-la de maneira ativa e intencional. Para essas pessoas, a IA não responde apenas a perguntas, mas serve como uma plataforma para testar hipóteses, buscar fontes adicionais e aprofundar temas de interesse. Ao manter uma postura inquisitiva e criteriosa, eles conseguem discernir entre as informações fornecidas, selecionando o que realmente contribui para o entendimento dos assuntos.
A grande diferença entre esses dois perfis está na atitude diante do aprendizado. O primeiro grupo tende a receber as respostas da IA sem questionar, aceitando-as como definitivas. Ao fazer isso, eles podem, com o tempo, limitar a capacidade de análise e de resolver problemas complexos por conta própria. Já o segundo grupo encara a IA como uma extensão de seu pensamento, investigando além das respostas automáticas e utilizando-as como ponto de partida para desenvolver novas ideias e soluções.
Portanto, a IA pode, sim, deixar-nos mais "ignorantes" ou "burros" se for usada sem reflexão, mas ela também oferece um grande potencial para aqueles que a utilizam como ferramenta de aprendizado contínuo. Tudo depende de como escolhemos interagir com a tecnologia: se como receptores passivos ou como agentes ativos no processo de construção do conhecimento. A IA, em última análise, não define o que sabemos, mas como escolhemos saber.
Let's go to the future.
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